O licopeno, uma das principais substâncias presentes no tomate, pode reduzir pela metade os casos de câncer de próstata.
Suculento fruto vermelho sempre presente nas saladas e que resulta em molhos que dão sabor especial às massas e pizzas. Em pesquisas recentes, já se constatou que o tomate é rico em licopeno e que esse componente, que dá a cor vermelha a esse fruto, tem propriedades anticancerígenas.
O licopeno é um carotenoide que funciona como antioxidante e age na neutralização de radicais livres, protegendo contra o envelhecimento das células e estimulando a função do sistema imunológico. A descoberta dessa função antioxidante é relativamente recente, pois até anos atrás só se destacava a função pró-vitamina A dos carotenoides. Por exemplo, sua importância para visão, pele e cabelos.
O licopeno é o mais eficiente neutralizador de radicais livres de todos os carotenoides e é duas vezes mais eficiente que o caroteno. A atividade antioxidante do licopeno confere proteção contra a oxidação do colesterol, processo que pode influenciar, por exemplo, no câncer de próstata.
Há indícios de que o licopeno pode trazer benefícios contra doenças coronárias, ao evitar a oxidação do LDL-colesterol, que leva ao desenvolvimento da aterosclerose, além de fortalecer o sistema imunológico.
No entanto, o que chama a atenção no licopeno e sua capacidade de reduzir cm até 50% o risco de câncer de próstata, além de outras evidências de sua atuação contra câncer de esôfago, mama, pulmão e pele.
Para os casos de câncer, a descoberta animadora, além de novas técnicas cirúrgicas, é a constatação de que o consumo do licopeno pode reduzir os riscos da doença. Um estudo da Universidade de Harvard demonstrou que homens que ingerem dez porções de tomate por semana tem diminuído em um terço o risco de desenvolver esse tipo de câncer, comparados aos que consomem menos de duas porções pelo mesmo período. Uma porção equivaleria a um tomate inteiro. Outro estudo, envolvendo quarenta e sete mil homens entre 40 e 75 anos, mostrou que o consumo de tomates chegou a reduzir os casos de câncer em 50%.
Outra descoberta feita pelos pesquisadores: a absorção do licopeno pelo organismo é muito maior quando em molhos ou concentrados do que em tomates frescos. O cozimento quebra as paredes celulares resistentes, fazendo com que o licopeno se torne mais acessível, aumentando sua biodisponibilidade, ou seja, a absorção pelo organismo.
O tomate fresco, por exemplo, tem entre 3,1 e 7,74 mg de licopeno por 100 g de peso. Já o processado possui 11,21 mg,e a pasta de tomate enlatada tem 30,07 mg.
BENEFÍCIOS DO TOMATE
Eis uma receita prática que pode garantir os benefícios do licopeno sem dar muito trabalho. Cozinhe cerca de seis tomates inteiros, bata-os no liquidificador e conserve o molho em geladeira. Consuma uma xícara no almoço e outra no jantar, misturado a ervilhas, soja, grão de bico ou lentilhas. Quanto mais vermelho e maduro o tomate, maior a quantidade de licopeno.
O consumo frequente de licopeno deve ser evitado por quem tem cálculos renais ou elevada taxa de ácido úrico no sangue. Se este não é o seu caso, desfrute do tomate.